What if tomorrow never comes?

I still miss the sound of your voice, the wisdom in your advice, the stories of your life – and simply being in your presence.
So no, time changes nothing.
I miss you just as much today as I did the day you died.
I miss you, Dad.
Sixteen years without my old man…

My father died 16 years ago from throat cancer.
He avoided the sadness, gathered his strength, and with all his bravery, he faced the disease head-on.
He never complained – not about the pain, the bitter medicine, or the cruelty of fate.
It was agonizing to see him deteriorate day by day, unable to stop time, unable to ease his suffering.
It was heartbreaking to watch a part of me disappear with him.

He was a brave man, never one to be defeated.
He was intelligent, loving to his children and wife, always trying to make us happy.
Of course, he had flaws – he was human.
But I won’t list them. They are lost in the greatness of his virtues.

Sixteen years have passed, and I’ve never truly recovered from that loss.
Every single day, a part of me cries and mourns his absence.
I’ll never forgive myself for not telling him how much I loved him.

From now on, I’ll never save for tomorrow what I need to say today.
Because worse than making mistakes is the silence, the regret of unspoken words and undone gestures.

It still hurts. It hurts in my soul.
It’s a void no one can ever fill.

My father.
My hero.
My love.
My friend.
My old man.
I miss you. I love you — forever. ♥

Meu pai faleceu há 16 anos atrás, vítima de um maldito câncer na garganta. Ele driblou a tristeza, reuniu suas forças e, resignado e valente, encarou a doença de frente. Nunca reclamou da dor, dos remédios amargos, da crueldade do destino. Foi difícil vê-lo definhar, dia-a-dia sem poder conter o tempo, sem poder fazer nada pra amenizar o sofrimento. Foi muito difícil ver uma parte de mim partindo.

Ele era um homem corajoso, que nunca se deixava abater, era inteligente, carinhoso com os filhos e a esposa, sempre tentando nos agradar. Claro que meu pai tinha defeitos, era humano e normal. Mas não vou listá-los, porque eles se perdem diante da grandeza das qualidades que ele tinha.

Dezesseis anos se passaram e, de fato, nunca me recuperei dessa perda: todos os dias uma parte de mim chora e sofre essa ausência. Não vou me perdoar nunca por não ter dito o quanto o amava.
Nunca mais guardarei para amanhã o que tenho que dizer a quem amo. Porque pior que errar, é a ausência das palavras, é o remorso do que não se disse e não se fez.

Doi tanto, doi na alma, é um vazio que ninguém preenche.

Meu pai, meu herói, meu querido, meu amigo, meu velho.
Saudade para o resto da vida.
Te Amo, Pai!!! ♥